Empresário Diego Fernandes Move Peças e Apresenta Projeto Bilionário: SAF ou Profissionalização no São Paulo Vira Pauta Política!

 

Nos bastidores do Morumbi, o silêncio do campo de jogo é substituído por um fervilhante movimento político. O empresário Diego Fernandes, fundador da O8 Partners e conhecido no mercado financeiro por gerir a vida de atletas de peso como Neymar e Vinícius Júnior, e por ter articulado a vinda de Carlo Ancelotti à Seleção, emerge como um novo polo de poder, apresentando um robusto projeto de profissionalização para o São Paulo Futebol Clube.

As reuniões de Fernandes com conselheiros de Oposição e Situação nos últimos dias demonstram uma estratégia clara: buscar apoio interno e pressionar a atual gestão por uma abertura a novos modelos de gestão e investimento.

A Proposta de Transformação e o Aval de um Banco

O cerne da proposta de Diego Fernandes é ambicioso e foca na modernização estrutural do clube, seguindo a tendência do futebol brasileiro. Os pontos principais incluem:

1. Separação do Social do Futebol: O projeto prevê a criação de uma estrutura societária independente para o departamento de futebol, sugerindo a implementação de um modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ou algo similar.

2. Mudança Radical na Gestão: Propõe-se uma completa alteração no modelo de gestão atual, visando maior profissionalismo, transparência e eficiência, distanciando o futebol da política amadora.

3. Suporte Financeiro de Peso: O empresário não está sozinho. Ele conta com o aval de um banco brasileiro e de investidores são-paulinos dispostos a realizar um aporte financeiro significativo para o clube. Fontes do mercado indicam que o plano engloba a quitação ou reestruturação de parte da dívida, além de investimentos estratégicos, especialmente na categoria de base, um dos maiores ativos do Tricolor.

A experiência de Fernandes no mercado financeiro e a gestão de carreiras de atletas de alto nível dão credibilidade ao seu plano de otimizar a formação e comercialização de jogadores de Cotia, transformando o know-how da base em uma fonte de receita ainda mais poderosa e controlada.

O Encontro que Não Aconteceu e a Barreira Casares

Apesar da articulação política nos grupos de conselheiros, o empresário não se reuniu com o presidente Julio Casares. Este é o ponto central que tensiona o ambiente no Morumbi.

A atual gestão Casares tem demonstrado uma clara prioridade na parceria com a Galápagos Capital. A Galápagos já está envolvida no Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), que visa reduzir a dívida bancária do clube, e no Fundo de Investimento em Participações (FIP) de Cotia, que busca captar R$ 250 milhões para as categorias de base.

O posicionamento de Casares, em manifestações públicas, tem sido de cautela em relação a uma SAF, afirmando que a decisão não pode ser movida pela "vontade única de um líder" e que a SAF é um processo que exige um contexto e indicadores financeiros positivos, os quais a gestão estaria buscando com o trabalho de equalização da dívida via FIDC.

A imprensa aponta que o movimento de Diego Fernandes é uma tentativa de criar uma "concorrência de mercado" para o processo de investimento no clube. Há uma percepção de que o vínculo da gestão Casares com a Galápagos pode dar a esta última uma "preferência" em qualquer futura transformação para SAF, levantando questionamentos sobre a transparência e a concorrência na busca pelo melhor negócio para o São Paulo.

O Poder da Torcida e o Futuro da Gestão

Diego Fernandes, que é torcedor declarado do São Paulo, também estaria investindo em um instituto de pesquisa para entender o sentimento da torcida sobre o futuro administrativo do clube. Esse tipo de movimento sugere a intenção de usar a opinião popular como uma ferramenta de pressão política, caso o projeto continue esbarrando na resistência da cúpula tricolor.

Em um momento em que a profissionalização e a transformação em SAF dominam o debate no futebol brasileiro, o São Paulo se vê diante de uma encruzilhada: seguir com o caminho traçado pela atual gestão e a parceria com a Galápagos, ou abrir o debate para propostas alternativas e robustas como a de Diego Fernandes, que trazem consigo o aval do mercado financeiro e a promessa de uma virada de chave completa no modelo de governança.

O destino do São Paulo, tricampeão mundial em busca de estabilidade financeira e protagonismo esportivo, será decidido em meio a essas tensões políticas e propostas bilionárias.