A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) está desenvolvendo um projeto de fair play financeiro para o futebol brasileiro, com o objetivo de promover maior sustentabilidade e responsabilidade na gestão dos clubes.
Esse projeto faz parte de um pacote de melhorias para o futebol brasileiro assim como já está ocorrendo a diminuição dos jogos pela Copa do Brasil e tentar fazer com que os times brasileiros cheguem a competição da Libertadores já pela fase de grupos para diminuir os jogos pelas competições
O que se sabe sobre o projeto
Grupo de Trabalho: A CBF criou um grupo de trabalho com a participação de 34 clubes das séries A e B, além de 10 federações estaduais, para elaborar as bases do modelo.
Prazo e apresentação: A expectativa é que o projeto seja apresentado no CBF Summit, no dia 26 de novembro.
Implementação: A previsão é que a implementação comece gradualmente em janeiro de 2026, com um período de adaptação de até cinco anos para que o sistema funcione plenamente.
Regras: O modelo deve estabelecer restrições para os gastos com futebol em relação às receitas dos clubes, seguindo uma lógica similar à de ligas internacionais. A proposta também deve incluir sanções para quem não cumprir as regras, como bloqueio de registros de atletas, perda de pontos e até a exclusão de torneios.
A iniciativa é considerada uma das prioridades da gestão do presidente da CBF, Samir Xaud, que tem a sustentabilidade financeira como um dos pilares de seu mandato. O objetivo é combater o endividamento crescente dos clubes e garantir que eles não gastem mais do que arrecadam, criando um ambiente mais justo e equilibrado para a competição.
“ Nós queremos criar um modelo de futebol autossustentável. Um futebol que você não tenha teto de receita, mas tenha teto de gastos. Você só vai gastar o que arrecada. Evitar um endividamento dos clubes, evitar que haja o "doping financeiro" de alguns clubes – disse o presidente da CBF, Samir Xaud”
Clubes com mais dividas do Brasileirão Série A
Corinthians: R$ 2,4 bilhões
Atlético-MG: R$ 1,4 bilhão
Cruzeiro: R$ 981,1 milhões
Vasco da Gama: R$ 928,5 milhões
Botafogo: R$ 884,2 milhões
A consultoria Sports Value, em seu estudo anual, mostra que os 20 maiores clubes do Brasil acumularam uma dívida líquida de R$ 6,5 bilhões em 2023. O valor representa um aumento de 5% em relação a 2022, o que reforça a fragilidade do modelo de gestão atual.
É importante notar que a conversão de alguns clubes para o modelo de SAF (Sociedade Anônima do Futebol) tem sido uma estratégia para tentar reequilibrar as finanças e atrair novos investimentos, com a promessa de gestão mais profissional e sustentável.
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