Você já deve ter ouvido falar quando algum time vai jogar a Libertadores e precisa ir jogar na altitude ou que é difícil jogar por ser um clima um pouco pesado para quem joga bola.
Muitos times como São Paulo, a Seleção Brasileira já tiveram jogos nesse ambiente e quase nunca o corpo consegue desempenhar um bom equilíbrio ainda mais para quem não está acostumado sobe o efeito da altitude, nesse caso os jogadores precisam de cilindro de oxigénio para poder se recuperar após a partida
Jogar em altitudes elevadas, como as encontradas em cidades como La Paz, na Bolívia, ou Quito, no Equador, causa uma série de efeitos no corpo dos atletas, principalmente aqueles que vivem no nível do mar. Isso acontece porque, em altitudes maiores, a pressão atmosférica é menor, o que faz com que o ar seja mais rarefeito e contenha menos oxigênio por volume de ar.
Efeitos
Jogar em altitudes elevadas, como as encontradas em cidades como La Paz, na Bolívia, ou Quito, no Equador, causa uma série de efeitos no corpo dos atletas, principalmente aqueles que vivem no nível do mar. Isso acontece porque, em altitudes maiores, a pressão atmosférica é menor, o que faz com que o ar seja mais rarefeito e contenha menos oxigênio por volume de ar.
A falta de oxigênio (hipoxia) é o principal fator que afeta o desempenho. Para compensar essa condição, o corpo de um atleta não aclimatado precisa trabalhar mais para manter a oxigenação dos tecidos. Isso leva a:
- Aumento da frequência cardíaca e respiratória: O coração e os pulmões aceleram para tentar captar e distribuir mais oxigênio.
- Fadiga e cansaço acelerados.
- Diminuição da performance atlética: O esforço necessário para realizar as mesmas atividades físicas é muito maior, resultando em uma queda perceptível no desempenho, como dificuldade para correr e recuperar-se.
Além da fadiga, os atletas podem sofrer com o chamado "Mal da Montanha", que inclui sintomas como:
- Dores de cabeça (cefaleia)
- Náuseas e tontura
- Falta de ar
Estratégia para se adaptar ao clima
Para minimizar esses efeitos, as equipes costumam adotar algumas estratégias. A mais comum é a aclimatação, que consiste em chegar à cidade do jogo com alguns dias de antecedência para permitir que o corpo se adapte à nova condição. No entanto, a adaptação completa pode levar semanas. Algumas equipes também usam cilindros de oxigênio no banco de reservas ou no vestiário para auxiliar na recuperação dos atletas.
Principais estádios na Libertadores
- La Paz, Bolívia: É a cidade com a maior altitude na competição. O Estádio Hernando Siles, localizado a cerca de 3.600 metros acima do nível do mar, é a casa de times como Bolívar e The Strongest, e da seleção boliviana. A falta de oxigênio é o principal desafio para os adversários.
- Quito, Equador: A capital equatoriana também é um reduto de equipes que usam a altitude a seu favor, com cerca de 2.850 metros. Alguns dos estádios mais conhecidos são o Rodrigo Paz Delgado (da LDU), o Olímpico Atahualpa (do El Nacional) e o Banco Guayaquil (do Independiente del Valle). A LDU, inclusive, é um dos poucos clubes a vencer a Libertadores jogando em uma altitude tão elevada.
Outras cidades: Além de La Paz e Quito, outras cidades, como Bogotá, na Colômbia, e Arequipa, no Peru, também têm estádios com altitudes consideráveis que podem dificultar a vida dos times visitantes. O Estádio El Campín, do Millonarios, em Bogotá, fica a cerca de 2.600 metros.
Impacto nos times brasileiros
Historicamente, os clubes brasileiros sofrem muito para jogar nessas condições. O cansaço é mais rápido, a recuperação é mais lenta e a bola se comporta de forma diferente, o que pode resultar em perdas de pontos preciosas na fase de grupos e em eliminações na fase de mata-mata. A estratégia mais comum das equipes brasileiras é chegar na cidade de dois a três dias antes do jogo para tentar uma aclimatação mínima, mas o impacto da altitude é quase sempre notado em campo.
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