Quem é Diego Fernades empresário que deseja comprar o São Paulo ?

 

Diego Fernandes empresário que deseja comprar o São Paulo


A notícia sobre o empresário Diego Fernandes e seu interesse em investir ou assumir o São Paulo Futebol Clube como uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) gerou grande repercussão entre a torcida e a imprensa esportiva, especialmente devido à sua instabilidade financeira e administrativa atual do clube.




Quem é Diego Fernandes?

Diego Fernandes é um empresário do mercado financeiro brasileiro e notório são-paulino. Ele é o fundador da O8 Partners, uma empresa que gerencia a vida financeira de atletas profissionais, contando com mais de 100 clientes, incluindo nomes de peso como Neymar e Vinicius Jr.

Além de sua atuação no mercado financeiro e com atletas, Fernandes ganhou destaque na mídia por ter sido apontado como um dos principais articuladores na negociação que levou o técnico Carlo Ancelotti à Seleção Brasileira. Ele também se apresenta como patrono da Pinacoteca de São Paulo e do MASP, demonstrando envolvimento com outras esferas além do esporte.


O Interesse no São Paulo

O cerne da notícia é o estudo de Fernandes para reunir um grupo de investidores, incluindo um banco brasileiro, com o objetivo de assumir o São Paulo e transformá-lo em uma SAF. O empresário, que inclusive marcou presença em jogos do Tricolor no MorumBIS, estaria conversando com pessoas ligadas ao clube e realizando pesquisas de opinião junto à torcida para avaliar a viabilidade e o interesse em uma mudança para o modelo SAF. A intenção é clara: alavancar financeiramente o clube e buscar uma gestão mais profissional, algo que ele vê como potencial para um clube do tamanho do São Paulo.


O Cenário Atual: Articulação vs. Instituição

É crucial entender que, até o momento, a movimentação de Diego Fernandes se resume a uma articulação de bastidores e um estudo de viabilidade. As informações da imprensa especializada e dos jornalistas que trouxeram o caso apontam que:

  • Não há uma Proposta Formal: Uma proposta concreta de investimento ou compra ainda não foi apresentada formalmente ao São Paulo. O que existe é um desejo e a busca por investidores.

  • O Desejo pela SAF: Fernandes estuda a criação de uma SAF para assumir a gestão do clube, um modelo que tem se popularizado no futebol brasileiro como forma de sanar dívidas e atrair capital externo.

  • Barreira Política: O principal impedimento para o avanço da ideia é a política interna do São Paulo. O clube, ainda no modelo associativo, é historicamente fechado a investidores externos e a entrada de novos membros, o que dificultaria a quebra da estrutura política necessária para a transição a uma SAF.

  • Concorrência de Mercado: O São Paulo já tem um relacionamento com a gestora Galápagos Capital em questões de investimento. Fontes indicam que, em caso de abertura para um projeto de investimento mais profundo, a própria Galápagos poderia ter interesse em adquirir o controle do clube. Isso coloca a articulação de Diego Fernandes como uma alternativa paralela, sem o "sinal verde institucional" do clube até o momento.
  • Posição da Diretoria: O presidente do São Paulo, Julio Casares, negou publicamente a existência de qualquer negociação com o empresário para a venda ou aquisição de uma SAF, reforçando que o foco do clube está em sua atual gestão e parcerias já estabelecidas.

Perspectivas e o Debate da SAF

O interesse de Diego Fernandes lança luz sobre o debate da SAF no São Paulo. Enquanto o clube enfrenta instabilidade financeira, a torcida, em grande parte, vê a entrada de investidores sérios como um caminho para a retomada de potencial e um necessário rompimento com a política tradicional que muitos consideram desgastada.

A atuação de Fernandes, conversando com o mercado e com a torcida, indica que ele busca uma entrada estratégica, não apenas financeira, mas também política. No entanto, para que o projeto saia do papel, o empresário e seus investidores terão que superar a resistência política interna do clube, que historicamente protege o modelo associativo. O futuro dessa possível transação depende, em última análise, da disposição do São Paulo em abrir suas portas para uma mudança estrutural no seu estatuto.w

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